domingo, 22 de maio de 2016

Paco Bandeira: 56 anos de canções


Quem de pequeno se faz grande torna maior o mundo à sua volta.
Nas voltas de uma canção tornadas num amor sem esforço, presença da composição feitas de notas de paixão.
Muitos anos de carreira carregadas de melodias que se vão tornar intemporais.
A magia revelada na voz que nos transmite paz e serenidade mas que se torna emergente nas palavras ditas no tempo certo, sem medos.
A longevidade ergue-se na certeza do amanhã, provavelmente como o pretérito tão vivo como presente.
O Francisco nasceu em Elvas com Badajoz mesmo ali à vista.
Sete décadas de vida, com sucessos discográficos que são jóias de uma coroa sem precedentes.
Quem canta como respira jamais perderá o folego.
Cantor fiel às palavras escritas, ao povo e raízes nunca esquecidas, sem receios nem devaneios, mas com fidelidade aos seus princípios, numa rota certa de quem vai sempre atento ao leme. Sempre assim foi, assim é e assim será! Dono do seu próprio destino. Presença assumida e íntegra, num registo transversal acima das modas, cultos ou tendências. É assim que se identificam os verdadeiros clássicos.
Acompanhado da sua amante de sempre, a guitarra, ele enche um palco com um sorriso natural, cativante e contagiante, a sua imagem de marca.
Cada espectáculo é feito de emoções cantadas, com o seu cunho e o seu punho, com a garra e valentia dos guerreiros que sabem ser mensageiros das angústias e ensejos de um povo sofredor que já poliu muitas pedras da calçada na longa caminhada.
Um mestre que nunca deixou de ensinar o caminho que conduz gerações após gerações apregoando a verdade nua e crua.
No palco com luzes ou no palco da vida soube sempre fechar a cortina com dignidade.
Dignidade que lhe quiseram roubar através dos criadores da devassa.
A tudo isto o homem e o artista resistiram, qual comandante de primeira fila. Um guerrilheiro sem armas. Sempre firme…Ao seu jeito!
O trovador dos tempos modernos que afirma que “O povo é sempre bom”. E quem somos nós para duvidar?
Ao vivo, a cores, sem plásticas nem bailarinas.
Apenas ele próprio: PACO BANDEIRA.






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