Por um longo tempo tentei que a chama
não apagasse a luz do nosso caminho.
Caminhei por valados, estradas
sinuosas e poeirentas, apenas
para te proteger dos "galifões" sugadores
e da noite fria dos teus traumas, aceitando o sabor amargo da atrocidade e da
solidão imposta.
Queria falar baixinho como crianças
dormindo, mas esta casa é gelada no Inverno e nela existe um Inferno.
E no inferno que me povoa o corpo e a
mente, tive que dizer BASTA, porque os restos da vida sofrida por onde tenho
caminhado, existe um lamaçal de imposições e atentados à liberdade desumanos
que até pecam por excesso.
Fica com a tua luxúria das roupas de várias cores e dos perfumes
de vários odores, que eu fico com a minha escrita e os meus livros.
Fica sem medos. Tenta no mínimo ser feliz. Vai, que eu vou
também… Não pelo mesmo caminho que tu, mas do outro lado da estrada.
Vou para o lado onde as vozes contam
histórias, impressionam, emocionam e amam-me como sou.
Vou para o lado daquele mundo que talvez não seja tão duro,
que fala de cultura e possui liberdade.
Já agora, fica descansada que não
deixarei mais migalhas de pão em cima da mesa da cozinha e não haverá mais
nenhuma gota de água no espelho da casa de banho.
Sabes, a humildade é a escada por onde
sobem as outras virtudes…
Joaquim Maneta
Alhinho
17/Dezembro/2019
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