Antes de mudar de casa e optar por viver sozinho, dei por
mim a pensar assim:
Comecei por forrar o coração. Estava a precisar, confesso!
Deixava entrar as humilhações, o meu sentido de liberdade e a humidade da mágoa
agarrava-se ao meu peito.
Agora, o meu coração parece outro. Vive livre. Usei o
amor-próprio que tinha colocado de lado, debruei-o com tule e veludo e
estampei-o na minha mala, gasta e corroída pelas mudanças. Ficou lindo…
Um coração que gosta de si próprio, conserva melhor o calor,
a ternura e o amor ao próximo.
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