quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Continuarei...

ESCUTAR; CONTEMPLAR; LER...CONTINUAREI!

Continuarei a acreditar, mesmo quando os outros perderam a esperança.
Continuarei a amar, mesmo quando os outros semearam os ódio.
Continuarei a construir mesmo que os outros destruam.
Continuarei a falar de paz mesmo no meio da guerra.
Continuarei a iluminar, mesmo no meio da escuridão.
Continuarei a semear, ainda que outros pisem a colheita.
Continuarei a gritar mesmo que os outros se calem.
Vou pintar sorrisos em rostos com lágrimas.
Convidarei a caminhar a quem decidir parar.
Porque no meio da desolação, haverá sempre uma criança que nos olhará esperando alguma coisa de nós.
Mesmo no meio da tempestade, por algum lado sairá o sol.
Os impossíveis de hoje serão os possíveis de amanhã...

sábado, 25 de agosto de 2012

Assuntos de família

Envelhecemos todos ao mesmo tempo, num sentido que para uns é só de crescimento e para outros tem que ver com a maturidade.
Tal como para muitos pais é difícil aceitar que os filhos cresceram e são, a partir de certa altura, adultos, pares entre pares, com quem se tem muitas ou poucas afinidades, mesmo que os vinculos continuem poderosos, para muitos filhos o envelhecimento dos pais é custoso.
Provavelmente, a maioria aproveita o facto do desenvolvimento, a partir da adultícia, ser lento, para não dar pelo envelhecimento dos pais, depreciando sinais ou queixas de dificuldades várias qye vão surgindo. Conseguem, numa atitude próxima da navegação, fazer de conta que, se não há queixas é porque não há problemas, e, se elas existem, é de feitio, numa linha de chamada de atenção que sempre esteve presente.
Para outros filhos, no entanto, a asumpção do próprio crescimento e autonomia pode traduzir-se numa tomada de poder, como se doravante fossem eles os responsáveis últimos dos pais, uma espécie de encarregados de educação dos seniores. Neste formato, as reprimendas e ralhetes sucedem-se, bem interncionados, mas desajustados, na postura de que agora eles é que sabem o que convém melhor aos próprios pais.
Há, depois, uma versão "dura" desta atitude, misturada com níveis de uma uma dependência nunca resolvida, em que, não tendo em conta nem a idade cronológica dos pais, nem o seu nível de actividade e funcionalidade, se quer permanecer a figura central e receptiva da relação, mas depreciando as capacidades e competências parentais. Neste desagradável formato, criticam-se todas as opções dos pais que não são viradas para o bem-estar dos filhos e justificam-se com o envelhecimento, ainda que prematuro, decisões que não vão em seu benefício.
É nesta gama, crescente, que se encontram tantos casos de maus-tratos, abuso de confiança ou meras zangas tardias, ocultadas da opinião pública e dos próprios intervenientes, sobre o titulo genérico de assuntos de família.

Casa onde não há pão...

Há muitos anos, um senhor chamado Maslow estabeleceu que os seres humanos, constitucionalmente, têm um conjunto de necessidades físicas e psicológicas que precisam de ser satisfeitas. A não satisfação dessas necessidades pelo ambiente envolvente (as famílias, as escolas, os trabalhos, os amigos, os países) traduz-se num sentimento de mal-estar subjectivo e, frequentemente também em formas de adoecer físicas ou psicológicas devidamente reconhecidas.
Sabe-se hoje, ou deveria saber-se, que estas necessidades humanas não são umas quaisquer, conforme a pessoa, mas têm um carácter universal, fixo, desenvolvimental e hierárquico.
Na base destas necessidades estão obviamente, as de índole fisiológica. Todos nós precisamos de comer, beber e dormir e o comprometimento da satisfação de qualquer dessas necessidades básicas transforma os seres civilizados que costumamos ser em criaturas primitivas.
Depois disso, vem a necessidade de segurança. Segurança que, na medida em que é mediada pela percepção do próprio e sofre as evoluções do próprio percurso de vida, começa por ser estabelecida no contexto das relações interpessoais (do bebé com os seus cuidadores) e, na idade adulta, se exprime de múltiplas e diversas maneiras. Sente-se segurança por viver numa sociedade sem níveis elevados de atentados à própria vida, mas também se sente segurança quando existe estabilidade relacional, de emprego, de expressão de convicções ou ideias.
Só depois vem a necessidade de amor e pertença, ou seja, só depois de satisfeitas as necessidades dos níveis anteriores é que nos disponibilizamos para amar, constituir familia, preocupamo-nos com os grupos sociais a que pertencemos ou não pertencemos e por aí fora.
Depois destas, a lista de necessidades continua, apelando cada vez mais funções superiores e mais sofisticadas. Mas, para o caso vertente, que é no essencial explicar levemente por que é que "em casa em que não há pão todos ralham e ninguém tem razão", acho que chega.
Talvez a nossa questão não seja literalmente a do pão, mas, sobre a falta de segurança sentida actualmente, parece que não há grande dúvida.
Feitas as contas, talvez nos enganem ou nos enganemos, sobre o mundo em que afinal vivemos.

                                                          Joaquim Maneta Alhinho


Nota: Esta crónica não está de acordo com o Novo Acordo Ortográfico por expressa vontade do autor.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O Vencedor e o Derrotado

Um vencedor enfrenta os desafios um a um. Um derrotado contorna os desafios e nem se atreve a enfrentá-los.
Um vencedor é parte da solução. Um derrotado é parte do problema.