segunda-feira, 20 de abril de 2015

O preguiçoso


“O preguiçoso mete a mão no prato e não quer ter o trabalho de a levar à boca.” Outras versões, judeus da Idade Média usam a expressão “esconde a mão no seio”.
Assim como há estudantes que dedicam mais tempo e energia a prepararem-se para fazer batota num exame do que a estudar para ele, é uma ironia que as pessoas preguiçosas se esforcem arduamente para encontrar explicações para a sua preguiça!
Só que, procedendo dessa maneira, perdem-se todas as oportunidades que a vida oferece. Nunca desfrutaremos da beleza da rosa, se não corrermos o risco de nos picarmos nos seus espinhos. Não seremos capazes de dar passos em frente, se tivermos medo de obstáculos. As pessoas que não ousam envolver-se nunca provarão o gosto da plenitude da vida.
Assim como uma porta gira nas suas dobradiças, mas não vai a parte nenhuma, também os preguiçosos dão voltas na sua cama; isto é, mudam de posição, mas também não vão a parte alguma.
 Podem levar a mão até ao prato, mas são demasiado preguiçosos para levar a mão com a comida de volta à boca!
Contudo, ainda pior é a sua preguiça intelectual, a sua mente fechada e a sua certeza quanto às suas opiniões pessoais. Portanto, estão sempre certos, são mais sábios do que sete pessoas entendidas, e estão fechados a outros pontos de vista, talvez bem mais sensatos do que os seus. Aqueles que pensam que têm todas as respostas normalmente não as têm.
Os homens não serão condenados por terem acreditado na mentira conscienciosamente, mas porque não acreditaram na verdade, porque não aproveitaram a oportunidade de aprender o que é a verdade.

 Até que ponto compreendemos a nossa função em proporcionar a outros a “oportunidade” de aprenderem o que é a verdade? Onde começa a nossa responsabilidade e onde é que termina?

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.