A vida está tão cheia de
interrogações sem resposta, não está? Numa fracção de segundos, acontecimentos
aparentemente ao acaso podem fazer a diferença entre a vida e a morte. Algumas pessoas
passam de uma tragédia para a outra, enquanto existem outras em que tudo corre
na perfeição. Tudo isso nos deveria dizer aquilo de que precisamos para viver
pela fé.
Embora não seja um produto
recente (especialmente no mundo ocidental) tem tido aceitação em anos recentes
a ideia que defende a natureza relativa da verdade. Isto é, o que é verdade
para uma pessoa, ou para uma cultura, poderá não ser verdade para outra. Ainda
que, a um certo nível, isto seja sempre correto (nalguns lugares conduz-se pelo
lado direito da estrada, noutros pelo esquerdo), a outro nível, isto é um erro
perigoso, sobretudo no âmbito moral. Certas coisas são corretas e outras são
erradas, independentemente do local onde vivamos ou das nossas preferências
pessoais. No final de tudo, onde se encontra o conhecimento do que é certo e
errado, do bem e do mal?
Como se pode ver, esta ideia
de fazermos aquilo que é certo aos nossos próprios olhos não é nada de novo.
Contudo, era algo tão errado naquele tempo como é agora. Como já vimos, nenhum
de nós entende todas as coisas; de facto, não há nada que compreendamos totalmente.
Todos temos áreas em que precisamos de crescer e de aprender, pelo que devemos
estar sempre abertos ao facto de que não possuímos todas as respostas.
No caso dos tolos, a razão para
se estar preocupado é que a influência das suas tolices vai além deles mesmos.
Estão presentemente mais convencidos da sua sabedoria do que nunca; por
conseguinte, insistirão nas suas tolices. Poderão eles ser tão convincentes que
outros irão pensar que eles são sábios, vão-lhes prestar honras e consultá-los
em busca de conselhos, coisa que poderá levar a grandes problemas. A tolice vai
espalhar-se, mas, rotulada de “sabedoria”, poderá ser muito mais destruidora.
Além disso, os tolos são tão tolos que não estão cientes da sua tolice.
Com que frequência nos
sentimos tentados a fazer cedências naquilo que sabemos serem valores essenciais,
verdades fundamentais? O que acontece, porém, quando certos valores essenciais
se chocam? De que modo podemos saber quais os valores que têm primazia sobre os
outros?
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