sábado, 30 de maio de 2015
segunda-feira, 11 de maio de 2015
O amigo como inimigo
Se ficamos mais decepcionados
com os nossos amigos do que com os inimigos é porque esperamos receber o bem
dos amigos e o mal dos nossos inimigos. Nem sempre, porém, as coisas funcionam
assim, pois não? É por esta razão que se previne de que, por vezes, um amigo comportasse
como um inimigo e o inimigo age como um amigo.
Quando é que uma censura ou
repreensão pode ser um sinal de amor?
O amor não tem só a ver com
beijos e palavras doces. O amor, por vezes, obriga-nos a censurar um amigo ou
um filho e pode correr o risco de parecer desagradável, condenatório e crítico.
Podemos até vir a perder amigos pela nossa sinceridade ao nos expressarmos.
Contudo, se não advertirmos os amigos a respeito do que andam a fazer,
especialmente se é algo que lhes possa causar dano, então que tipo de amigos
somos nós?
Uma censura aberta é também
um sinal de que o nosso amor não assenta em ilusões e fingimentos, mas baseia-se
na verdade e na confiança.
Qual pode ser o resultado da confrontação
entre amigos?
A imagem do ferro a aguçar-se
com o ferro sugere um benefício recíproco. Uma amizade posta à prova por
verdadeiro confronto melhorará não apenas a qualidade da amizade, mas também
estimulará e fortalecerá a personalidade de ambos. As respectivas armas
ganharão mais eficácia. Acabaremos por ficar mais apetrechados para lutas
futuras. As pessoas que se refugiam em si mesmas e unicamente nas suas ideias
pessoais, e nunca se confrontam com o desafio de opiniões diferentes, não se
desenvolverão no conhecimento, nem no carácter.
Já alguma vez recebeu uma
censura por alguma coisa que poderia realmente provocar-lhe dano?
Imagine que não recebia
advertência nenhuma a tal respeito. Tendo isto em mente, se tivesse de fazer o
mesmo em relação a outra pessoa, como poderia fazê-lo de maneira redentora, em
vez de maneira condenatória e crítica?
Qual
é o seu nível pessoal de abertura e de transparência naquilo que diz? Que nível
de desconexão há entre as suas palavras e os seus pensamentos? Acha realmente
que uma tal duplicidade pode ser mantida indefinidamente?
sábado, 2 de maio de 2015
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