“Hei-de
mandar em mim”, mentia-me nessa altura sem me aperceber.
Também
cresci em anos, percebendo que, afinal, mandamos muito pouco em nós, que a
barba é uma chatice e que a realidade é a soma de tudo, com demasiados pingos
de nada.
Mas, o mais
espantoso segredo da minha vida, é que, afinal, contra todas as expectativas e
a lógica da coisa, não cresci, percebi apenas que estiquei em altura, encolhi
em rugas, levei com o mundo inteiro pela cabeça abaixo e continuo a aguardar
ansiosamente em ser adulto.
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