sábado, 31 de maio de 2014

A todos os letristas e músicos deste País

Letristas e músicos



Se a história começasse por era uma vez, muitas seriam as vozes que às vezes se ergueriam no ritual sinalético que verbaliza num gesto ou no grito de um conformismo.
Assim, se contam a vida dos outros, de todos nós, dos que ficam e dos que partem e os que partindo vão ficando, caminhos e caminheiros na senda de um destino comum que de comum nada tem.
Contadores de histórias de amores e desamores, palavras que o vento não leva porque sabem a terra e a mar, a vilas e lugarejos, lugares recônditos da alma, dados por um sol maior.
Trevas em tom menor que não convergem em vão.
Como se diz o sentir, falando do fundo do ser quebrando a monotonia do óbvio, escrutinar a palavra e entendê-la nos sons, respeitá-la nos silêncios, cobri-la de glória e de assombro na pauta tornada livro.
Cada página reflecte um sentido de continuidade assim são os homens e mulheres das letras e das músicas, que são do palco e são da estrada, das terras e dos gentios, de todos e de cada um.
Passa o tempo que se fez futuro, o aplauso que se faz presente e um orgulho muito próprio de quem se ri do passado.
Luzes de uma ribalta sentida, erguida sobre os ombros dos que acreditam no estímulo, na eloquência do tipo que foi, que é e será!
São a longevidade de quem rejeita terapias, rodeios, herdeiros dum tempo incomum e sem limites, como se hereditário fosse o destino que se escolhe.




Joaquim Maneta Alhinho

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