Letristas e músicos
Se a história começasse por
era uma vez, muitas seriam as vozes que às vezes se ergueriam no ritual sinalético
que verbaliza num gesto ou no grito de um conformismo.
Assim, se contam a vida dos
outros, de todos nós, dos que ficam e dos que partem e os que partindo vão
ficando, caminhos e caminheiros na senda de um destino comum que de comum nada
tem.
Contadores de histórias de
amores e desamores, palavras que o vento não leva porque sabem a terra e a mar,
a vilas e lugarejos, lugares recônditos da alma, dados por um sol maior.
Trevas em tom menor que não
convergem em vão.
Como se diz o sentir, falando
do fundo do ser quebrando a monotonia do óbvio, escrutinar a palavra e
entendê-la nos sons, respeitá-la nos silêncios, cobri-la de glória e de
assombro na pauta tornada livro.
Cada página reflecte um
sentido de continuidade assim são os homens e mulheres das letras e das músicas,
que são do palco e são da estrada, das terras e dos gentios, de todos e de cada
um.
Passa o tempo que se fez
futuro, o aplauso que se faz presente e um orgulho muito próprio de quem se ri
do passado.
Luzes de uma ribalta sentida,
erguida sobre os ombros dos que acreditam no estímulo, na eloquência do tipo
que foi, que é e será!
São a longevidade de quem
rejeita terapias, rodeios, herdeiros dum tempo incomum e sem limites, como se
hereditário fosse o destino que se escolhe.
Joaquim Maneta Alhinho
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