domingo, 29 de novembro de 2020

OS FILHOS DO TELEMÓVEL!

 

Antes perdíamos os filhos nas praias, nos bares, hoje perdemo-los dentro do quarto!

Quando brincavam na rua ou nos quintais ouvíamos as suas vozes, escutávamos as suas fantasias e ao ouvi-los, mesmo à distância, sabíamos o que se passava nas suas mentes.

Quando entravam em casa não existia uma TV em cada quarto, nem dispositivos electrónicos nas suas mãos.

Hoje, não escutamos as suas vozes, não ouvimos os seus pensamentos nem as suas fantasias, as crianças estão ali, dentro dos seus quartos e, por isso, pensamos estarem em segurança.

Quanta imaturidade a nossa‼️

Agora ficam com os auscultadores nos ouvidos, trancados nos seus mundos, construindo personagens ilusórias, sem que saibamos por onde navegam.

Perdem literalmente a vida, ainda vivos em corpos, mas mortos nos relacionamentos com os pais, com os irmãos e até com os amigos, fechados num mundo global de tanta informação e estímulos, de modismos passageiros, que em nada contribuem para a formação das crianças seguras e fortes, sem decisões moralmente corretas, nem de acordo com os princípios éticos e valores familiares.

Dentro dos seus quartos perdemos os filhos, pois não sabem mais quem são, porque já estão “mortos” da sua identidade. Tornam-se uma mistura de tudo aquilo, pelo qual eles têm sido influenciados.

São inúmeras as famílias doentes, com os filhos “mortos” dentro de quatro paredes.




 

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