Um homem morreu intempestivamente...
Ao dar-se conta viu aproximar-se um ser muito especial que não se parecia com nenhum ser humano. Trazia uma mala consigo...
Disse-lhe:
- Bom amigo, é hora de irmos...Eu sou a morte!
O homem assombrado perguntou à morte.
- Já? Tinha tantos planos...
- Sinto muito amigo, mas chegou o momento da partida.
- Que trazes na mala?
E a morte respondeu-lhe:
- Os teus pertences.
- Os meus pertences? São as minhas coisas, as minhas roupas de marca e o meu dinheiro?
- Não amigo, as coisas materiais que tinhas nunca te pertenceram, eram da terra.
- Trazes as minhas recordaçõs?
- Não amigo, essas já não vêem contigo. Nunca te pertenceram, eram do tempo.
- Trazes os meus talentos?
- Não amigo, esses nunca te pertenceram, eram das circunstâncias.
- Trazes os meus amigos, os meus familiares?
- Não amigo, eles nuncam te perteceram, eram do caminho.
- Trazes a minha mulher e os meus filhos?
- Não amigo, eles nunca te pertenceram, eram do coração.
- Trazes o meu corpo?
- Não amigo, esse nunca te pertenceu, era propriedade da terra.
- Então, trazes a minha alma?
- Não amigo, ela nunca te pertenceu, era do Universo.
Então o homem cheio de medo, arrebatou a mala à morte, abriu-a e deu-se conta de que estava vazia.
Com as lágrimas de desespero a brotar dos seus olhos, o homem perguntou à morte:
- Nunca tive nada?
- Tiveste sim, meu amigo! Cada um dos momentos que viveste foram só teus.
A vida é só um momento...Um momento todo teu! Por isso, desfruta-o na sua totalidade.
Vivamo-lo AGORA...
Nota: Não é uma preocupação de agora, pois há muito que tenho sentido que muitas das minhas histórias, que foram publicadas em vários órgãos de informação quase sempre com o título: "Vida Real...Gente Real...Que Real Natal!" aparecem em emails reencaminhados com ilustrações e musicados, sem referirem o nome do autor nem a fonte de onde foi retirado. Chegou-se ao ponto de um colega jornalista, Jorge H. Santos, ter-me informado que num site de uma firma de «Conteúdos Financeiros Alemã», estar postado um trabalho meu, como forma de publicitar os seus produtos. Neste caso, fez-se o reparo do nome e queriam pagar pelo abuso de direitos de autor. Respondi, que não era mercenário da escrita, mas, ou retiravam a história ou colocavam o meu nome no final, apenas e só! Com o pedido de desculpas da multinacional removeram o conteúdo publicitário.
Existem muitos trabalhos do qual sou autor, a circular pela net (via emails) e tal como afirmou o Miguel Sousa Tavares (que vê os seus livros circularem de email para email em formato pdf) não vale a pena lutar contra estes "tubarões cibernautas" e não justifica apresentar queixa contra terceiros, porque nunca vai dar em nada.
Portanto, se verificarem que alguma história que coloco neste meu blog for já vossa conhecida, ela pertence-me. Não publico nada que não seja da minha autoria.
Uns criam...Outros copiam!
Joaquim Maneta Alhinho
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