quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

O homem, o cavalo e o cão


Um homem, o seu cavalo e o seu cão caminhavam por uma estrada.
Depois de muito caminhar, esse homem deu-se conta de que ele, o seu cavalo e o seu cão tinham morrido num acidente.
Às vezes os mortos levam tempo para se dar conta da sua nova condição.
A caminhada era muito longa, morro acima, o sol era forte e estavam cansados e com muita sede.
Precisavam desesperadamente de água.
Numa curva do caminho, avistaram um portão muito bonito, todo em mármore, que conduzia a um largo de calçada em blocos de ouro, no centro do qual existia uma fonte de onde jorrava água cristalina.
O caminhante dirigiu-se ao homem que estava na guarita, onde guardava a entrada.
- Bom dia.
- Bom dia, respondeu o homem.
- Que lugar é este, tão lindo.
- Isto aqui é o céu, foi a resposta.
- Que bom que chegámos ao céu, estamos com muita sede.
- O senhor pode entrar e beber água à sua vontade, disse o guarda, indicando-lhe a fonte.
- O meu cavalo e o meu cão também estão com sede.
- Lamento muito, disse o guarda. Aqui não é permitido a entrada a animais.
O homem ficou muito desapontado porque a sua sede era enorme.
Ele não ia beber e deixar os seus amigos com sede.
Assim, prosseguiu o seu caminho.
Depois de muito caminharem por montes e valados, com sede e cansaço multiplicados, chegaram a um local, cuja entrada tinha uma porta muito velha e entreaberta.
A porta dava para um caminho de terra, com árvores dos dois lados que lhe faziam sombra.
À sombra de uma das árvores, um homem estava deitado, cabeça coberta com um chapéu, parecia que estava a dormir.
- Bom dia, disse o caminhante.
- Bom dia, disse o homem.
- Estamos com muita sede, eu, o meu cavalo e o meu cão.
- Há uma fonte naquelas pedras, disse o homem indicando-lhe o lugar. Podem beber à vontade.
O homem, o cavalo e o cão foram até à fonte e mataram a sede.
- Muito obrigado, disse o caminhante ao sair.
- Voltem quando quiserem, respondeu o homem.
- A propósito, disse o caminhante, qual é o nome deste lugar?
- O céu, respondeu o homem.
- O céu? Mas o homem na guarita ao lado do portão de mármore disse-me que lá era o céu!
- Aquilo não é o céu, aquilo é o inferno. O caminhante ficou perplexo.
- Mas então, essa informação falsa deve causar grandes confusões.

- De forma alguma, respondeu o homem. Na verdade, eles fazem-nos um grande favor. Porque por lá ficam aqueles que são capazes de abandonar os seus melhores amigos...

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Revista da Cultura: Obrigado Brasil pela distinção


Os esquecidos.


A triste sina dos idosos que são órfãos dos filhos.

Carinho e afecto estão para a alegria da alma, como o ar que respiramos está para a saúde do corpo. Nestas últimas décadas surgiu uma geração de pais sem filhos presentes, por força de uma cultura de independência e autonomia levada ao extremo, que impacta negativamente no modo de vida de toda a família. Muitos filhos adultos ficam irritados por precisarem de acompanhar os pais idosos ao médico, aos laboratórios de análises clínicas, aos exames radiológicos rotineiros. Irritam-se pelo seu andar mais lento e nas suas dificuldades de se organizar no tempo, na sua incapacidade crescente de serem ágeis nos gestos e decisões.
A ordem era essa: em busca de melhores oportunidades, vinham para as cidades os filhos mais crescidos e não necessariamente os mais fortes, que logo traziam os seus irmãos, que logo traziam os seus pais e moravam todos sob um mesmo tecto, até que a vida e o trabalho duro e honesto lhes propiciassem melhores condições. Homens, com olhos sonhadores, rememorava com saudade os tempos em que cavavam as terras e ali dormiam, cheios de sonho que lhes fortalecia os músculos cansados. Não importava dormir ao relento. Cediam ao cansaço sob a luz das estrelas e das esperanças.
A evasão dos mais jovens em busca de recursos de sobrevivência e de desenvolvimento, sempre ocorreu. Trabalho, estudos, fugas das guerras e perseguições, a seca e a fome brutal, desde que o mundo é mundo pressionou os jovens a abandonarem o lar paterno. Também os jovens fugiram da violência e brutalidade dos seus pais ignorantes e de mau génio. Nada disso, porém, era vivido como abandono: era rompimento nos casos mais drásticos. Era separação vivida como intervalo, breve ou tornado definitivo, caso a vida não lhes concedesse condição futura de reencontro, de união.
Assim como os pais deixavam e, ainda deixam os seus filhos nas mãos de outros familiares, ao partirem em busca de melhores condições de vida, de trabalho e estudos, houve filhos que se separaram dos seus pais. Em geral, porém, isso não é percebido como abandono emocional. Não existe esquecimento. Os filhos que partem e partiam, também assumiam responsabilidades pesadas de ampará-los e aos irmãos mais jovens. Gratidão e retorno, em forma de cuidados ainda que à distância. Mesmo quando um filho não está presente na vida dos seus pais, a sua voz ao telefone, agora enviada pelas modernas tecnologias, carrega a melodia do afecto, da saudade e da genuína preocupação. E os mais velhos nutrem os seus corações e curam as feridas das suas almas, por que se sentem amados e podem abençoá-los. Nos tempos de hoje, porém, dentro de um espectro social muito amplo e profundo, os abandonos e as distâncias não ocupam mais do que algumas vilas ou quilómetros que podem ser vencidos em poucas horas.
Nasceu uma geração de ‘pais órfãos de filhos’. Pais órfãos que não se negam a prestarem ajuda financeira. Pais mais velhos que sustentam os netos nas escolas e pagam viagens de estudo fora do país. Pais que cedem os seus créditos consignados para os filhos contraírem dívidas nos seus honrados nomes, que lhes antecipam heranças deixando-os muitas das vezes na miséria.



sexta-feira, 4 de novembro de 2016

O Sexo e os Papas - Parte 3

Papa Leão X - Morreu de sífilis. Foi de maca para a própria coroação, por causa dos seus excessos sexuais. Depois de Júlio II ter morrido de sífilis, em 1513 chega a Papa Leão X, que gostava de organizar bailes, onde os convidados eram somente cardeais e onde jovens de ambos os sexos apareciam com a cara coberta e o corpo despido. O Papa gostava de rapazes novos, às vezes vestia-se de mulher e adorava álcool. "Quando foi eleito tinha dificuldade em sentar-se no trono, devido às graves úlceras anais de que sofria, após longos anos de sodomia", escreve Frattini. Estes e outros excessos levaram Lutero a afixar as suas 95 teses - que lhe garantiram a excomunhão em 1521. Leão X morreu com sífilis aos 46 anos.
Papa Alexandre VI - O Insaciável. Gostava de orgias e obrigou um jovem de 15 anos a ter sexo com ele sete vezes no espaço de uma hora, até o rapaz morrer de cansaço. Teve vários filhos, que nomeou cardeais. Assim que chegou ao Papado, em 1431, trocou a amante por uma mais nova, Giulia. Ela tinha 15 anos, ele 58. Foi Alexandre VI quem criou a célebre "Competição das Rameiras". No concurso, o Papa oferecia um prémio em moedas de ouro ao participante que conseguisse ter o maior número de relações sexuais com prostitutas numa só noite. Depois de morrer, o Vaticano ordenou que o nome de Alexandre VI fosse banido da história da Igreja e os seus aposentos no Vaticano foram selados até meados do século XIX.
Papa João XXIII - Violou irmãs e 300 freiras. Não aparece na lista oficial de Papas e acabou preso em 1415. O antipapa conseguia dinheiro a recomendar virgens de famílias abastadas a conventos importantes. Mas violava-as antes de irem. Tinha um séquito de 200 mulheres, muitas delas freiras. Criou um imposto especial para as prostitutas de Bolonha. Tinha sexo com duas das suas irmãs. Defendia-se, dizendo que não as penetrava na vagina e que por isso não cometia nenhum pecado. Foi julgado, acusado de 70 crimes de pirataria, assassinato, violação, sodomia e incesto. Entre outros factos, o tribunal deu como provado que o Papa teve sexo com 300 freiras e violou três das suas irmãs. Foi deposto do cargo e preso. Voltou ao Vaticano, anos mais tarde, como cardeal.
Papa Bento IX - Sodomizava animais. Chegou a Papa em 1032 com 11 anos. Bissexual, sodomizava animais e foi acusado de feitiçaria, satanismo e violações. Invocava espíritos malignos e sacrificava virgens. Tinha um harém e praticava sexo com a irmã de 15 anos. Gostava, aliás, de a ver na cama com outros homens. "Gostava de a observar quando praticava sexo com até nove companheiros, enquanto abençoava a união", escreve Eric Frattini. Convidava nobres, soldados e vagabundos para orgias. Dante Alighieri considerou que o pontificado de Bento IX foi a época em que o papado atingiu o nível mais baixo de degradação. Bento IX cansou-se de tanta missa e renunciou ao cargo para casar com uma prima - que o abandonaria mais tarde.
Papa Clemente VI - Comprou bordel. Em 1342, com Clemente VI chega também à Igreja Joana de Nápoles, a sua amante favorita. O Papa comprou um "bordel respeitável" só para os membros da cúria - um negócio, segundo os documentos da época, feito "por bem de Nosso Senhor Jesus Cristo". Tornou-se proxeneta das prostitutas de Avinhão (a quem cobrava um imposto especial) e teve a ideia de conceder, duas vezes por semana, audiências exclusivamente a mulheres. Recebia as amantes numa sala a poucos metros dos espaços em que os verdugos da Inquisição faziam o seu trabalho. No seu funeral, em Avinhão, foi distribuído um panfleto em que o diabo em pessoa agradecia ao Papa Clemente VI porque, com o seu mau exemplo, "povoara o inferno de almas".
Papa Xisto III - Violou freira e foi canonizado. Obcecado por mulheres mais novas, foi acusado de violar uma freira numa visita a um convento próximo de Roma. Enquanto orava na capela, o Papa, eleito em 432, pediu assistência a duas noviças. Violou uma, mas a segunda escapou e denunciou-o. Em tribunal, Xisto III defendeu-se, recordando a história bíblica da mulher que foi apanhada em adultério. Perante isso, os altos membros eclesiásticos reunidos para condenar o Papa-violador não se atreveram a "atirar a primeira pedra" e o assunto foi encerrado. Xisto III foi, aliás, canonizado depois de morrer. Seguiu-se-lhe o Papa Leão I, que também gostava de mulheres mais novas e que mandou encarcerar uma rapariga de 14 anos num convento, depois de a engravidar.
Papa João XII - Morto pelo marido da amante. Nos conventos rezava-se para que morresse. João XII era bissexual e obrigava jovens a ter sexo à frente de toda a gente. Gozava ao ver cães e burros atacar jovens prostitutas. Organizou um bordel e cometeu incesto com a meia-irmã de 14 anos. Raptava peregrinas no caminho para lugares sagrados e ordenou um bispo num estábulo. Quando um cardeal o recriminou, mandou-o castrar. Um grupo de prelados italianos, alemães e franceses julgaram-no por sodomia com a própria mãe e por ter um pato com o diabo para ser seu representante na Terra. Foi considerado culpado de incesto e adultério e deposto do cargo, em 964. Foi assassinado - esfaqueado e à martelada - em pleno acto sexual pelo marido de uma das suas várias amantes.





terça-feira, 1 de novembro de 2016

O Sexo e os Papas - Parte 2

Papa Bento V só esteve no Governo da Igreja 29 dias, por ter desonrado uma rapariga de 14 anos durante a confissão. Depois de ser considerado culpado, fugiu e levou boa parte do tesouro papal consigo.
Papa João XIII era servido por um batalhão de virgens, desonrou a concubina do pai e uma sobrinha e comia em pratos de ouro enquanto assistia a danças de bailarinas orientais. Os bailes acabaram quando foi assassinado pelo marido de uma amante em pleno acto sexual.
Papa Silvestre II fez um pacto com o diabo. Era ateu convicto e praticava magia. Acabou envenenado.
Papa Dâmaso I, que a Igreja canonizou, promovia homens no ciclo eclesiástico, sendo a moeda de troca poder dormir com as respectivas mulheres.
Já o Papa Anastácio, que tinha escravas, teve um filho com uma nobre romana, que se viria a tornar no Papa Inocêncio I (famoso pelo seu séquito de raparigas jovens). Pai e filho acabaram canonizados. Leão I era convidado para as orgias do Imperador, mas sempre se defendeu, dizendo que ficava só a assistir. Mesmo assim, engravidou uma rapariga de 14 anos, que mandou encerrar num convento para o resto da vida.
Papa Bento VIII morreu com sífilis e Bento IX era zoófilo.
Papa Urbano II criou uma lei que permitia aos padres terem amantes, desde que pagassem um imposto.
Papa Alexandre III fazia sexo com as fiéis a troco de perdões e deixou 62 filhos. Foi expulso, mas a Igreja teve de lhe conceder uma pensão vitalícia, para poder sustentar a criançada.
Papa Gregório I gostava de punir as mulheres pecadoras, despindo-as e dando-lhes açoites.
Papa Bonifácio VI rezava missas privadas só para mulheres e João XI violou, durante quatro dias, uma mãe e duas filhas, ao mesmo tempo.
João Paulo II foi acusado de ter uma filha secreta. Em 1995, o norte-americano Leon Hayblum escrevia um livro polémico, em que dizia ser pai da neta de João Paulo II. Durante a ocupação nazi da Polónia, Wojtyla terá casado, secretamente, com uma judia. Do enlace nasceu uma rapariga, que o próprio pai entregou, com seis semanas, a um convento local. No seu pontificado especulou-se muito sobre as namoradas que teve antes do sacerdócio. O Papa admitiu algumas, mas garantiu nunca ter tido sexo. No Vaticano, fazia-se acompanhar por uma filosofa norte-americana, Anna Teresa Tymieniecka, com quem escreveu a sua maior obra filosófica. Acabaram zangados, supostamente por ciúmes.
Papa Paulo VI Homossexual? Assim que chegou ao Vaticano, Paulo VI mostrou-se muito conservador em relação às matérias ligadas à sexualidade. Em 1976, indignado com as declarações homofóbicas de Paulo VI, um historiador e diplomata francês, Roger Peyrefitte, contou ao mundo que, afinal, o Papa era homossexual e manteve uma relação com um actor conhecido. O escândalo foi tremendo: Paulo VI negou tudo e o Vaticano chegou a pedir orações aos fiéis do mundo inteiro pelas injúrias proferidas contra o Papa. Paulo VI morreu em 1978, aos 81 anos, depois de 15 pontificado, vítima de um edema pulmonar causado, em boa parte, pelos dois maços de cigarros que fumava por dia.

Papa Inocêncio X - Amante da cunhada. Eleito no conclave de 1644, Inocêncio X manteve uma relação com Olímpia Maidalchini, viúva do seu irmão mais velho - facto que lhe rendeu o escárnio das cortes da Europa. Inocêncio X não era, aliás, grande defensor do celibato. Olímpia exercia grande influência na Santa Sé e chegou a assinar decretos papais. A dada altura, o Papa apaixonou-se por outra nobre, Cornélia, o que enfureceu Olímpia. Mesmo assim, foi a cunhada quem lhe valeu na hora da morte e quem assegurou o funcionamento do Vaticano quando Inocêncio estava moribundo. Quando morreu, em 1655, Olímpia levou tudo o que pôde da Santa Sé para o seu palácio em Roma, com medo de que o novo Papa não a deixasse ficar com nada. 

Continuação em breve



segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O Sexo e os Papas - Parte 1

Recebi um email do colega jornalista e escritor peruano Eric Frattini que vive actualmente em Espanha, diz ter lido o meu livro «PURINAPAKOVA – A mulher que abanou o Vaticano». Teceu alguns elogios pelo trabalho de investigação que efectuei e deu-me a conhecer o seu livro “Os Papas e o Sexo”.
O colega admite, que alguns dos relatos do seu livro possam ter sido inventados, nas diferentes épocas, por inimigos políticos dos sumos pontífices. “- Há de tudo um pouco neste meu livro” – afirmou e prosseguiu - “Desde Papas violadores e zoofílicos a Papas homossexuais e fetichistas, além de Santos Padres incestuosos, pedófilos ou sádicos, passando por Papas filhos de Papas e Papas filhos de padres. Alguns morreram assassinados pelos maridos das amantes em pleno acto sexual. Outros foram depostos do cargo, julgados pelas suas bizarrias sexuais e banidos da história da Igreja. Outros morreram com sífilis, como o Papa Júlio II, eleito em 1503, que ficou na história por ter inventado o primeiro bordel gay de que há memória”.
Papa Bonifácio IX deixou 34 filhos, a que chamava, carinhosamente, de "adoráveis sobrinhos".
Papa Martinho V encomendava contos eróticos, que gostava de ler no recolhimento do seu quarto.
Papa Paulo II era homossexual e Listo IV, que cometeu incesto com os sobrinhos, bissexual.
Papa Inocêncio VIII reconheceu todos os filhos que fez e levou-os para a Santa Sé. Um deles tornou-se violador.
Papa João XI (931-936) cometeu incesto com a própria mãe, violava fiéis e organizava orgias com rapazes.

Papa Sérgio III teve o infortúnio de se apaixonar pela mãe e pela filha e não esteve com meias medidas: rendeu-se à prática da “ménage à trois”.

»» Continuação em breve



 

sábado, 22 de outubro de 2016

Purinapakova - Uma história de vida real duma freira em convento

Eu estive aqui.
Todos temos uma vida.
Aqui está uma delas.
Leiam!
Conheçam-na!
Entendam-na!
Ela é freira.
Uma parte da sua vida em clausura total!





sexta-feira, 9 de setembro de 2016

O segredo de ser pai e ser filho


Sei que é inevitável e bom que os filhos deixem de ser crianças e abandonem a protecção do ninho. Sei que é inevitável que eles voem em todas as direcções como andorinhas adoidadas.
Sei que é inevitável que eles construam os seus próprios ninhos e eu fique com o ninho abandonado no alto da serra.
Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo…
Existem muitos jeitos de voar. Até mesmo o voo dos filhos ocorre por etapas. A nossa impotência de estarmos com eles 24 horas por dia, o desmame, o “vigiado” soltar da rédea, os primeiros passos, o primeiro dia na escola, a primeira noite fora de casa, a primeira viagem solitária, o “avisar” e “deixar bater com a cabeça na parede”, porque por vezes tal também é necessário e positivo.
Desde o nascimento dos nossos filhos que temos a oportunidade de aprender sobre esse estranho movimento de ir e vir, segurar e soltar, acolher e libertar. Nem sempre percebemos que esses momentos tão singelos são pequenos ensinamentos sobre o exercício da liberdade.
Mas, chega um momento em que a realidade bate à porta e escancara novas verdades, impossíveis de recusar, contudo difíceis de encarar. É a sua ida para a ama, o infantário, depois a escola, o liceu, a faculdade, o emprego… enfim o “PROGRESSIVO” “grito do Ipiranga“ da independência, a força da vida em movimento, o poder do tempo que tudo transforma sem disso darmos conta.
Quando nos damos conta, que já um dia o fizemos aos nossos pais, de que os nossos filhos cresceram (e muitas das vezes, por “não termos tempo” nem demos por isso) e apesar de insistirmos em ocupar o lugar de destaque, eles sentem urgência de conquistar o seu próprio espaço, o seu mundo ligeiramente à distância, longe de nós.
E nós filhos, que outrora só demos preocupações e problemas, muito embora “salpicados”, por aqui e por ali, com sorrisos e sucessos, ao vermos os nossos pais perderem as suas forças, o seu vigor e tristemente a sua independência e faculdades, dando ao cuidado de estranhos, porque nos sentimos impotentes para deles tratar, com alguma dignidade, porque a vida assim está organizada. Olhamo-nos ao espelho e começamos a verificar, também em nós próprios, cansaço, rugas, cabelos brancos, pequenas “rabugices”, ao irmos (nas suas costas rectificar coisas que outrora jamais necessitavam de rectificação), dando-lhes sempre razão para não os desmotivar, querendo às vezes (para não dizer sempre) “parecer” fortes, (pura ilusão) damos por nós olhando para o espelho e dizer: Esta vida tem que continuar.
Alguém invisível, está a tomar conta das operações muito discretamente e não permite que os “normais” tropeções da vida nos magoem demasiado.
É chegado então o tempo de recolher as nossas asas. Aprender a abraçar à distância, a estar sempre pronto a colaborar, mas nunca a sufocar, a comemorar vitórias das quais não participamos directamente, apoiando decisões, (por vezes erradas) porque a fazer asneiras também se aprende. Por isso caminhamos para longe, permitindo o prosseguir desta coisa tão bela, que se desenrola completamente de improviso, que se chama VIDA.
Tudo isto é amor, sabiam?


Joaquim Maneta Alhinho

terça-feira, 6 de setembro de 2016

«Tenta outra vez» fará parte da Antologia de Poesia Contemporânea Portuguesa/2016

Um poema da minha autoria com o titulo «Tenta outra vez» fará parte integrante da Antologia de Poesia Contemporânea Portuguesa que será levada à estampa pela Chiado Editora, com lançamento previsto ainda este mês de Setembro.
Uma distinção que muito me honra pelo 2.º ano consecutivo.
É bom saber que existe sempre alguém que goste de nós e do nosso trabalho.


segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Não havia mais tempo



"Aquele era o seu último dia de vida, mas ele não sabia disso."

Naquela manhã, sentiu vontade de dormir um pouco mais. Estava cansado, tinha-se deitado muito tarde e não tinha dormido bem. De imediato abandonou a ideia de ficar um pouco mais na cama, e levantou-se, pensando nas muitas coisas que precisava de fazer na empresa.

Lavou o rosto e fez a barba a correr, automaticamente. Não prestou atenção no rosto cansado e nem nas olheiras escuras, resultado de noites mal dormidas.

Engoliu o café e saiu resmungando baixinho um "bom dia", sem muita convicção. Desprezou os lábios da esposa, que se ofereciam para um beijo de despedida. Não entendia porque ela se queixava tanto da ausência dele e vivia pedindo mais tempo para ficarem juntos.

Ele estava a manter o elevado padrão de vida da família, não estava? Isso não bastava?

Entrou no carro e saiu. Pegou no telemóvel e ligou para a sua filha. Sorriu quando soube que o netinho tinha dado os primeiros passos. Ficou sério quando a filha o lembrou de que já havia muito tempo em que não aparecia para ver o neto e almoçar com eles.

Ele relutou bastante: sabia que iria gostar muito de estar com o neto. Mas não podia, naquele dia, sair da empresa. Quem sabe no próximo fim-de-semana?

Chegou à empresa e mal cumprimentou as pessoas. A agenda estava lotada, e era muito importante começar logo a atender os seus compromissos, pois tinha plena convicção de que as pessoas de valor não desperdiçam o seu tempo com conversa fiada.

Na hora do almoço, pediu à secretária para trazer uma sandes e um sumo. O colesterol estava alto, precisava de fazer um check-up, mas isso ficaria para o mês seguinte.

Começou a comer enquanto lia alguns documentos que iria usar na reunião da tarde. Nem observou que tipo de comida estava a mastigar.

Enquanto relacionava os telefonemas que deveria fazer, sentiu um pouco de tontura e a vista embaciada. Lembrou-se do médico que o advertiu, alguns dias antes, quando tivera os mesmos sintomas, de que estava na hora de fazer uns exames.

Mas logo concluiu que era apenas um mal-estar passageiro, que seria resolvido com um café forte, sem açúcar.

Terminado o "almoço", escovou os dentes e voltou ao trabalho. "A vida continua", pensou. Mais papéis para ler, mais decisões a tomar, mais compromissos a cumprir.

Saiu para uma reunião já meio atrasado. Não esperou o elevador. Desceu as escadas saltando os degraus de dois em dois. Entrou no carro, e, quando ia meter a mudança, sentiu de novo o mal-estar e agora acompanhada com uma dor forte no peito.

O ar começou a faltar... A dor foi aumentando... O carro desapareceu... Os outros carros também... Os pilares, as paredes, a porta, a claridade da rua, as luzes do tecto, tudo se foi apagando diante dos seus olhos, ao mesmo tempo que surgiam cenas de um filme que ele conhecia bem.

A esposa, o netinho, a filha e, uma após outra, todas as pessoas de quem mais gostava.

Porque não tinha ido almoçar com a filha e o neto? O que é que a esposa tinha dito à porta de casa quando ele estava de saída, hoje de manhã?

A dor no peito persistia, mas agora outra dor começava a perturbá-lo: a do arrependimento.

Ele não conseguia distinguir qual era a mais forte: a dor da coronária entupida ou da sua alma a rasgar-se.

Escutou o barulho de algo a partir-se dentro do seu coração, e dos seus olhos escorreram lágrimas silenciosas.

Queria viver, queria ter mais uma chance, queria voltar para casa e beijar a esposa, abraçar a filha e brincar com o neto.

Queria... Queria... Mas não havia mais tempo!

Joaquim Maneta Alhinho


domingo, 28 de agosto de 2016

A minha janela

Esta é a minha janela. 
Está sempre aberta a quem vier por bem. Aqui encontrará sempre a verdade, a sinceridade, a esperança, a fé e um grande respeito e amor à vida. 
A vida é um presente que devemos agradecer a cada dia, mas se me tiram esta janela eu perco o sentido da vida e a minha liberdade.
Por isso, deixem-me ficar à janela.


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Amanhã...Amanhã pode ser tarde demais!

Eu gosto de pensar que um casamento/relacionamento pode ter tudo: paixão, sorriso, cumplicidade, entendimento, respeito, admiração, desejo, conforto, sossego, sonho e realidade, paz e vontade, desde que seja tudo VERDADE. Gosto de acreditar que, se for mesmo a sério, pode durar muito tempo. Gosto de apostar para ganhar.
O mundo não está fácil para as relações, mas com muito coração e bom senso, tudo é possível.
A imagem é apenas ilustrativa embora admita que existam mais mulheres com razões de queixa dos seus companheiros.

Amanhã…Amanhã, pode ser tarde demais!

terça-feira, 23 de agosto de 2016

"Tenta outra vez" - Poema seleccionado para o Livro "Antologia dos Poetas Contemporâneos/2016"

Tenta outra vez!

Não digas que a canção está perdida
tem fé em Deus tem fé na vida.
Tenta outra vez!
A água viva ainda está na fonte
tu tens dois pés para passar a ponte
nada acabou!
Levanta a cabeça e começa a andar
não penses que as pernas aguentam
se tu parares.
Há uma voz que canta
uma voz que dança
uma voz que gira
bailando no ar.
Basta ser sincero e acreditar
tu és capaz de sacudir o mundo.
Tenta outra vez!
E não digas que a vitória está perdida
se é de batalhas que se vive a vida.
Tenta outra vez!

Joaquim Maneta Alhinho

quarta-feira, 27 de julho de 2016

O Papa Francisco está a ser incomodo para os Conservadores do Vaticano

O PAVOR NO VATICANO
A conservadora "máfia" vaticana tentará bloquear as mudanças que o Papa Francisco quer fazer. Oxalá ele consiga realizá-las! A situação actual não é melhor do que a do reinado do Papa Rodrigo Borgia, aliás Alexandre VI. Há muitos interesses. Comentários que circulam entre a comunidade de inteligência em Roma, na Itália, indicam que sectores radicais conservadores da Igreja Católica Romana já começaram a fazer duras críticas e ataques ferozes contra o Papa Francisco, através dos meios de comunicação, sites e redes sociais pela sua atitude reformista. Entre os argumentos de ataque dos radicais conservadores católicos, estão:
1. O Papa Francisco rompeu com a tradição e violou o ritual vaticano ao realizar o lava-pés da Quinta-feira Santa fora dos muros vaticanos, na prisão dos menores "Casa de Mármore", em Roma, incluindo dois muçulmanos e duas mulheres não católicas. Este é um facto inédito na história e tradição dos rígidos rituais da Igreja Romana. O ritualismo vaticano da Igreja Romana sempre, por séculos, desde a sua fundação, tinha marginalizado e não levado em conta a mulher nesses rituais.
Os conservadores olham com horror o "sacrilégio" do sorridente Papa Francisco, a quem chamam ironicamente de "Papa Adulador", expressão depreciativa que se refere a alguém que sorri sempre e se dá bem com todo mundo.
2. A negativa do Papa Francisco em morar no apartamento papal no palácio vaticano, decidindo, para a sua segurança pessoal, morar na residência Santa Marta, o hotel 4 estrelas do Vaticano, onde há muitas pessoas, e assim evitar o isolamento que rodeia o Papa ao morar no palácio Vaticano. O Papa Francisco quer estar ciente do que acontece ao seu redor e fora dos muros vaticanos. No apartamento papal estaria guardado e vigiado, de certa forma, controlado e mediatizado e, o mais essencial, desinformado e à mercê das "hienas vaticanas" que já planearam tirá-lo do meio.
3. No encontro de almoço com Bento XVI em Castel Gandolfo, este confiou ao Papa Francisco que uma das causas que influenciaram a sua renúncia foram as ameaças que recebeu, e por receio de ser envenenado, pois já tinham tomado a decisão de matá-lo, pelo que Bento XVI, numa jogada para neutralizar esse atentado contra a sua vida, torna pública a sua renúncia com a qual desarmou a tentativa do crime (como aconteceu com João Paulo I).
4. O alto poder fixado na cúpula vaticana está totalmente oposto aos planos do Papa Francisco de reformar, eliminar, modificar a pompa, o ritualismo e o luxo e ostentação da Igreja Católica Romana. (Francisco tem um desejo e pensamento secreto que é o de permitir que a mulher possa ter acesso ao sacerdócio católico, o que teria um efeito tipo terremoto no meio dos que usam batina) e abolir o celibato.
5. A Cúria Romana e os grupos de poder repudiam que o Papa Francisco tenha feito um chamamento público à Igreja Católica ao estreitar o diálogo e as relações com o Islão. Acusam-no de ser um relativista teológico.
6. O Papa Francisco marginalizou os mais altos cargos vaticanos no acto e na cerimónia do lava-pés da Quinta-Feira Santa.
7. Acusam o Papa Francisco de ignorar as regras e normas da Igreja Católica Romana, já que, como Papa, está a actuar sem consultar, nem pedir permissão a ninguém para fazer excepções sobre a forma com que as regras eclesiásticas se relacionam com ele.
8. A organização Opus Dei ("Obra de Deus") proibiu/censurou em todas as suas livrarias "Troa" a venda do primeiro livro sobre o novo Papa Francisco.
9. A Promotoria Romana Anticorrupção fez importante investigação a centenas de caixas de documentos que comprometem e vinculam as finanças vaticanas e importantes personagens com a "Máfia" italiana, e gigantescas operações de lavagem de capitais e desvio de fundos vaticanos num complicado mecanismo para fazer desaparecer dinheiro. Este escândalo será o "Sansão" que derrubará as colunas que sustentam a Capela Sistina e todos os edifícios da pomposa e luxuosa estrutura vaticana.
10. Tanto o "Opus Dei", a "Maçonaria Iluminati", importantes e influentes sectores bancários, económicos, sectores mafiosos italianos, os próprios cardeais que formam a "máfia e o poder vaticano", sentem-se em iminente perigo pelo confisco destas caixas de documentos sumamente comprometedores por parte da Promotoria Romana Anticorrupção e por parte do Papa Francisco, que tem toda a intenção de sanear e controlar as finanças vaticanas e todos os negócios e investimentos deste multimilionário Estado religioso.
11. Outra das situações que deixaram extremamente enojados e furiosos estes grupos, que sempre foram o poder por detrás do poder, é que o Papa Francisco não está de acordo em que delinquentes com batina vivam em terreno vaticano, refugiados, escondidos, evadidos de enfrentar a lei. Por enquanto enviou instruções para que todos aqueles com contas pendentes, com processos ou acusações penais, saiam do solo vaticano, já que em seu pontificado o Vaticano não será santuário de infractores da lei. Imaginamos o que vem! Deus o proteja dos lobos que em grande número já começam a rodeá-lo para o caçar.

12. Avizinha-se o fim do pontificado do Papa Francisco com contornos ainda por desvendar. O Papa querido do povo está a incomodar os radicais e os conservadores do Vaticano e por este facto não é de estranhar que tenha de ser banido ou abatido.

A escrita é o meu vicio


segunda-feira, 25 de julho de 2016

FNAC de Faro com a presença do escritor Joaquim Maneta Alhinho

Quem está pelos Algarves dia 30 de Julho, FNAC de Faro,às 21h30?
Gostava tanto de vos ter junto de mim e de ouvirem boa musicalidade enquanto estou em sessão de autógrafos.
O orador convidado para este evento é o Luis Marques.
Convidado musical: Zaga Carreira.


terça-feira, 19 de julho de 2016

Deslumbrante...Fantástico...Inesquecível!






Sesimbra teve outro encanto com o charme, beleza e glamour evidenciado na Feira do Livro.
Um público maravilhoso que soube ouvir as preleções da Vanda Pinto, da Sandra Gonçalves e da Dora Ferreira.
Um público entusiasta que soube escutar tão bem os artistas Zé Do Mar e o Júlio Panão (que excelentes actuações...).
Um público culto que demonstrou na aquisição do Livro PURINAPAKOVA que pretende qualidade literária.
Uma noite inesquecível que vou guardar para o resto da vida.
É pá, foi muito bom...

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Feira do Livro de Sesimbra com a presença do escritor Joaquim Maneta Alhinho



«PURINAPAKOVA» na FNAC de OEIRAS

Pelas estatísticas da FNAC do Oeiras Parque estiveram na Sessão de Apresentação do meu novo livro mais de 1.000 pessoas.
Acantonavam-se pelos corredores e escadaria de acesso ao palco.
Estrondoso. Milagroso, acrescento eu!
Ainda estou para saber numa tarde escaldante onde a praia seria uma prioridade a razão de tanta gente para adquirir o PURINAPAKOVA. A Editora teve que ir ao armazém buscar mais livros, porque esgotou das estantes em 5 minutos.
Mais do que um livro, uma história de vida real que está a ter uma adesão fora do comum em Portugal.
A "France Press" esteve no lançamento do livro, em Azeitão, agora foi a "Press International" a fazer-se representar por dois jornalistas.
Como autor do mesmo que mais posso desejar?
Agradecer a todos os que têm acreditado nos trabalhos literários que tenho vindo a desenvolver.
Nota: Uma das pessoas que não permitiu que publicasse foto no facebook perguntou se eu era filho do Paco Bandeira. Eu respondi na brincadeira afirmativamente e ela acrescentou: - "A sua cara não engana. São tão parecidos...Dê um beijo ao seu pai que lhe mando eu, está bem? E diga-lhe que vos adoro como família".
Restou-me agradecer-lhe e a promessa de que o beijo ao meu pai seria entregue.




sábado, 16 de julho de 2016

Uma força...Uma grande força!


Ter a verdade, embora seja maravilhoso, não chega. Em Isaías 58, o povo de Deus tinha uma paixão pelas suas práticas e pelos seus rituais religiosos, mas era fraco a aplicar a sua fé de maneira prática. Deus chama a Sua Igreja hoje a ser uma força para o bem, fazendo eco ao chamado dos profetas do Velho Testamento para demonstrar a verdade acerca do Seu carácter.
Como é que nós podemos procurar fazer aquilo que Deus nos chamou a fazer nessa área?
Uma igreja urbana está implantada numa comunidade atormentada pela violência com armas de fogo. A clara voz profética do seu pregador fez-se ouvir durante um congresso sobre o ministério urbano numa grande cidade da Itália. Aqui ficam alguns exemplos de pensamentos do seu sermão: “Os Cristãos devem parar a marcha da morte!” Referindo-se à história bíblica em que Jesus para o cortejo fúnebre do filho da viúva de Naim (Lucas 7:11-17), ele explicou que a Igreja não podia ficar indolentemente sentada a ver, enquanto a violência nas ruas aumentava na sua comunidade. Ele perguntou à sua audiência: “Somos apenas uma Igreja que se levanta para fazer elogios? Não será também para perguntarmos a Deus: ‘Porque é que permites o sofrimento?’” Em vez disso, devemos perguntar a nós mesmos se somos uma Igreja que trabalha para aliviar o sofrimento.
Esta igreja também é muito activa no desenvolvimento da sua comunidade. Durante sete anos, o coro da igreja foi cantar nas ruas da sua comunidade. Cantavam, distribuíam folhetos e ofereciam os serviços da igreja àqueles que tinham necessidades. A partir deste contacto com a sua comunidade, a igreja ajudou a sua vizinhança de muitas maneiras que beneficiaram muito os necessitados. Através de variados e numerosos programas, a igreja fez uma grande diferença na comunidade.

Esta igreja é apenas um exemplo das muitas maneiras pelas quais nós, como cristãos, podemos ser uma força ministradora e restauradora nas nossas comunidades.