O tema que abordei neste romance é o
da infidelidade e segundo estudos recentes, as pessoas admitem já ter traído o
parceiro(a) pelo menos uma vez.
Existe uma grande disparidade entre o
que as pessoas dizem ou pensam acerca da infidelidade e os seus comportamentos.
A influência no desejo sexual, na qualidade do
relacionamento e na atractividade verifica-se que quanto maior é o desejo sexual,
maior a probabilidade de uma pessoa trair o parceiro(a). A probabilidade de
trair também aumenta nos casos em que a qualidade da relação é má ou quando a
pessoa que é infiel dá muita importância ao aspecto físico.
Como a qualidade da relação afecta a
probabilidade de ocorrer traição, cabe a ambos os membros do casal fazerem
alguma coisa para aumentar a qualidade do relacionamento que mantém.
A percepção do que é traição varia:
pode ser uma traição física – com contacto sexual – ou uma relação emocional –
com telefonemas e troca de mensagens e/ou mentindo aos parceiros.
E o que acontece em termos de
atenção, memória e percepção temporal quando vemos um potencial parceiro(a)
muito atraente? Parece que estamos de algum modo formatados para olharmos para
pessoas bonitas, para nos recordarmos mais delas e para pensarmos que aquela
troca de olhares ou aquele sorriso durou mais tempo quando a pessoa é atraente.
E as pessoas traídas interrogam-se e
exclamam ao mesmo tempo e quase sempre desta forma: “Devo continuar com este
relacionamento infeliz? Investi tanto nele!”
No relato deste romance é embaraçoso
como a infidelidade/traição pode virar crime.
Nunca se imagina que pode acontecer a
qualquer um de nós, o que aconteceu aos amantes Duarte e Raquel…
Coloca-se o parceiro sobrevivo numa
encruzilhada e num beco sem saída.
Dois casais que são os melhores
amigos e que partilham tempos comuns no quotidiano da vida. Mentir a verdade,
foi o pensamento do arquitecto Duarte para esconder o relacionamento
extraconjugal, que mantinha com a esposa do seu melhor amigo, já há alguns
anos, sem levantarem qualquer suspeita nos traídos.
A solução foi fazer desaparecer o
corpo e a viatura sem deixar qualquer rasto ou ponta solta.
Será este, um crime perfeito?
Prevalece no pensamento do ser humano
um ditado antigo: “A galinha da vizinha é melhor que a minha”.
E nem sempre é verdade, digo eu!
Joaquim Maneta Alhinho
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