quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Minha Velha

Agora és a minha velha
que anda só e caminhando
sua tristeza infinita
de tanto seguir andando.

Para quê tanta tortura
que assaltou os meus dias
eu desculpo a loucura
que marcou a minha vida.

Velha, minha querida velha
agora caminha lenta
como perdoando o vento
eu sou o teu sangue velhota
o teu silêncio e o teu tempo.

Seus olhos são tão serenos
sua figura cansada
pela idade foi vencida
mas caminha sobre estrada.

Eu vivo os dias de hoje
em ti o passado lembra
que só a dor e o sofrimento
tem a sua história sem tempo
velha, minha querida velha.

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